Dr. Mukwege breaks the silence in Porto Alegre by FRONTEIRAS DO PENSAMENTO

Dr. Mukwege breaks the silence in Porto Alegre by FRONTEIRAS DO PENSAMENTO
Denis Mukwege and Marcos Rolim (clik on the picture above - part 1)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

República Democrática do Congo é última no ranking.


Por Mônica Villela Grayley
Rádio ONU
Nova York
02/11/2011

Noruega é número 1 em Índice de Desenvolvimento Humano, segundo ONU.

Relatório, divulgado nesta quarta-feira, coloca Brasil em 84º lugar, uma posição acima do ano passado; República Democrática do Congo aparece em última posição.



Um relatório das Nações Unidas revela que a Noruega é o país com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano, IDH, do mundo.
A nação escandinava é seguida por Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. A pesquisa foi divulgada, pela ONU, nesta quarta-feira, em Copenhague, capital da Dinamarca.
Futuro Melhor
De acordo com o “Relatório Desenvolvimento Humano 2011: Sustentabilidade e Equidade, um Futuro Melhor para Todos”, o Brasil ocupa a posição 84 no ranking global dos 187 países pesquisados.
A classificação está uma posição acima se comparada ao do estudo anterior quando o Brasil ocupou o 85º lugar. Desde 2006, o país subiu três posições.
Com isso, o país continua no grupo das nações com desenvolvimento alto. A compilação inclui dados sobre saúde, educação, expectativa de vida e renda dos habitantes de cada país.
Desigualdade de Gênero
O estudo do Pnud também chama a atenção para o desenvolvimento sustentável e a desigualdade de gênero.
A encarregada de informação do Pnud, Carolina Gomma Azevedo, falou à Rádio ONU sobre os desafios ambientais e a ameaça que eles representam para o progresso global, principalmente entre os países pobres.
Mas segundo ela, com políticas acertadas, os problemas podem ser reduzidos.
“O que o relatório fala é que sustentabilidade ambiental pode sim ser alcançada, de maneira mais justa e eficaz, se as desigualdades de saúde, educação, gênero forem enfrentadas todas ao mesmo tempo. Com medidas globais, especialmente com distribuição de energia porque há muitas pessoas que não têm energia hoje, e protegendo os escossistemas.”
Mulheres no Parlamento
Um outro índice do relatório do Pnud é a questão de desigualdade de gênero. Neste quesito, o Brasil ficou com a pior nota dentre os países de língua portuguesa no que se refere ao número de mulheres no Parlamento.
As melhores colocações vão para Angola e Moçambique com quase 40% de cadeiras no Congresso ocupadas por parlamentares femininas. Já o Brasil tem apenas 9,6% um pouco menos que a Guiné-Bissau com 10%.
A desigualdade social, como um todo, permanece alta no Brasil.
No cômputo geral, o país lusófono com índice mais alto de desenvolvimento é Portugal, que caiu uma posição no ranking global, passando agora ao 41º lugar e o que tem o IDH mais baixo é Moçambique, no sul da África, na posição 184.
No ranking global, a nação menos desenvolvida é a República Democrática do Congo, no centro-sul do continente africano.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011


Opinion: US policy on Congo conflict minerals well-intentioned, but misguided

An NGO worker in Congo says of the Dodd-Frank legislation: 'The motivation behind the law is very good – to impose transparency. But the implementation has been the problem.'

By Jason StearnsCongo Siasa / August 4, 2011
In this 2009 file photo, workers dig at a gold mine in Chudja, near Bunia, north eastern Congo. The conflict in the Congo has often been linked to a struggle for control over its minerals resources. The Congo is rich in mineral resources such as gold, diamonds, tin, and cobalt.
Lionel Healing/AFP/Getty/Newscom
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The following is an interview with Eric Kajemba, founder and director of Observatoire Gouvernance et Paix (OGP), a civil society NGO based in Bukavu. Eric's work is focused on improving the accountability of government institutions and has worked extensively on the minerals trade.

Q: What has been your analysis of the export ban on minerals [imposed by the Congolese government between September 2010 and March 2011] and theDodd-Frank legislation in the US?
In general, these two things are linked. The export ban came as a consequence of the Dodd-Frank law. The government was thinking it had to do something in reaction to the US legislation, so it suspended exports of minerals from the eastern Congo. This has had a very negative impact on the local population. One problem we had was that exporters were stuck with their stock and couldn't get rid of it. Secondly, thenegociants [trade middlemen] usually work on credits, but they weren't able to pay their arrears, so they had to mortgage their houses. In sum, the artisanal mining sector employed many, many people - these people lost their jobs over night. Also, many of them were demobilized soldiers, so this had the added effect of producing insecurity.
But the Dodd-Frank legislation did not explicitly require an export ban.
No. But the government was supposed to render transparent the chain in order to comply with the law. This had perverse consequences. The army kicked diggers out of the mines, only to become diggers themselves! That happened in many mines. The army just took over.
But how did they export the minerals if there was an export ban?
There was fraud. Even today with the embargo, people export. Fraud has increased considerably.
But there have been other consequences as well, for example, with other aspects of the local economy. For example, in places like Shabunda, people relied on planes to bring them goods and merchandise – rice, sugar, and so on. Those same planes then left with minerals back to Bukavu. But now that the planes cannot transport minerals [due to the export ban and embargo] they don't fly there with goods any more. So the impact has been huge in many areas.
Do you disagree with the spirit of the Dodd-Frank law?
No. The motivation behind the law is very good – to impose transparency. But it the implementation has been the problem. We are not in a country with a functioning government, you cannot just assume that certification and due diligence can spring up overnight. Plus, there were efforts under way already by other actors to impose transparency; ironically, the Dodd-Frank law slowed these efforts down, as they were financed by the minerals trade.
No, I agree with the law, but it should have been implemented in stages, over two or three years. It was too strict, too abrupt: no tagging, no sale! But there were initiatives like that of the German Federal Institute for Geosciences (BGR) and the International Tin Research Institute (ITRI) – and other initiatives at the local level that may actually have been undermined in the short term by the law.
The Christian Science Monitor has assembled a diverse group of Africa bloggers. Our guest bloggers are not employed or directed by the Monitor and the views expressed are the bloggers' own, as is responsibility for the content of their blogs. To contact us about a blogger, click here.

terça-feira, 9 de agosto de 2011


Como uma lei devastou o Congo

Aprovada pelo Congresso americano, sanção não está punindo os senhores da guerra, mas prejudicando a população local


Estado de São Paulo referente matéria do New York Times 
09 de agosto de 2011
David Aronson, The New York Times - O Estado de S.Paulo     
Há uma longa distância entre os saguões de mármore do Congresso americano e as sofredoras cidadezinhas mineiras da República Democrática do Congo (RDC), mas os moradores de Nyabibwe e Nzibira sabem exatamente o que devem culpar por suas mazelas econômicas.
A "Loi Obama", ou Lei Obama - como a lei da reforma de Wall Street Dodd-Frank veio a ser conhecida na região - inclui uma obscura provisão que requer que companhias de capital aberto indiquem as medidas que estão tomando para assegurar que os minerais de sua cadeia de suprimentos não beneficiam senhores da guerra na República Democrática do Congo, devastado por conflitos. A provisão surgiu em grande parte por causa do trabalho de organizações de ajuda humanitária influentes como o Enough Project e o Global Witness, que vêm trabalhando pelo fim do que chamam de "minerais de conflito".
Infelizmente, a lei Dodd-Frank teve consequências não intencionais, mas devastadoras, como pude ver em primeira mão numa viagem ao Congo neste verão. A lei provocou um embargo de facto sobre minerais extraídos na região, incluindo estanho, tungstênio e tântalo, fundamental para a fabricação de telefones celulares.
As companhias fundidoras que costumavam comprar da RDC deixaram de fazê-lo. Nenhuma quer ficar com a pecha de financiadora de senhores da guerra africanos - em particular empresas hi-tech glamourosas como Apple e Intel que são, com frequência, as compradoras finais desses minerais. É mais fácil deixar o Congo de lado do que destrinchar as complexidades da política congolesa - em especial quando os minerais podem ser facilmente obtidos em países mais seguros.
Para os moradores locais, a lei foi uma catástrofe. Na Província de Kivu do Sul, foi o que ouvi de uma porção de garimpeiros e compradores em pequena escala que costumavam ganhar alguns dólares por dia escavando minérios nas encostas das montanhas com ferramentas manuais. Por pequena que pareça, essa renda era uma tábua de salvação para pessoas de uma região que foi devastada por 32 anos de desmandos sob a cleptocracia de Mobutu Sese Seko (quando o país era conhecido como Zaire) e agora está começando a sair de uma luta interna e uma guerra brutal.
O pastor de uma igreja contou-me que mulheres estavam dando à luz em casa por não dispor dos US$ 20 para a maternidade; crianças estavam abandonando a escola porque os pais não conseguem pagar as taxas. As remotas cidades de mineração estão virtualmente separadas do mundo exterior porque os aviões que no passado as abasteciam não o fazem mais. O mais preocupante é que uma praga agrícola dizima periodicamente o produto de subsistência da região, a mandioca. Os aldeões que tiravam sua renda da mineração para comprar comida quando as colheitas fracassavam estão começando a passar fome.
Benefícios. Enquanto isso, a lei está beneficiando algumas das pessoas que ela pretendia penalizar. O principal beneficiário é o general Bosco Ntaganda, apelidado de "O Exterminador" e procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Ostensivamente um membro do Exército congolês ele é, na verdade, um matador free lance com sua própria milícia étnica tutsi que oferece "segurança" a comerciantes que contrabandeiam minerais pela fronteira com a vizinha Ruanda. Tudo isso poderia ser um preço a pagar se a lei estivesse causando o efeito desejado de asfixiar economicamente os senhores da guerra que transformaram a República Democrática do Congo na zona de conflito mais mortífera desde a 2.ª Guerra. Como disse memoravelmente o deputado democrata de Massachusetts Barney Frank, pelo qual a lei foi parcialmente nomeada, "o objetivo é cortar o financiamento de pessoas que matam pessoas".
Quando o presidente Barack Obama sancionou a lei no verão passado nos EUA, o conflito tinha entrado numa fase diferente. A maioria das milícias que haviam causado devastações entre 2003 e 2008 foi incorporada depois disso ao Exército congolês. As duas ou três de alguma importância que persistem conseguem dinheiro com sequestros e extorsões, e não do controle de áreas de mineração ou rotas de transporte. A lei não barrou suas malfeitorias.
Os moradores do Congo concordam em que seria benéfico dar maior clareza e transparência ao comércio de minerais. Uma variedade de iniciativas internacionais e locais nesse sentido estava a caminho quando surgiu o embargo. Esses esforços podem se tornar agora uma baixa da lei Dodd-Frank.
Os chineses abriram recentemente um posto comercial em Kivu do Norte; eles também fabricam celulares, e não sentem necessidade de participar de esquemas de transparência como as companhias ocidentais. Como sabem que são o único mercado na cidade, estão comprando com grande desconto.
Raramente garimpeiros, comerciantes, companhias mineradoras e líderes da sociedade civil locais concordam em alguma questão. Mas há hoje na República Democrática do Congo uma condenação unânime à lei Dodd-Frank. O reverendo Didier de Failly, um sacerdote belga que viveu no Congo por 45 anos, advertiu insistentemente os grupos humanitários ocidentais sobre os perigos de sua campanha. Ele lhes disse que não lhes servia de defesa alegar que não estavam propondo um embargo, pois o que estavam fazendo levaria inevitavelmente a um.
Como os grupos humanitários conseguiram moldar o debate como uma disputa entre eles próprios e interesses corporativos gananciosos, ninguém se deu ao trabalho de solicitar a opinião dos congoleses locais. Como o líder de uma organização da sociedade civil, Eric Kajemba, perguntou-me, mais perplexo que zangado: "Se as organizações de ajuda humanitária não estão falando para o povo do Congo, para quem elas estão falando?"
 TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
JORNALISTA 

No Coração da África Slideshow: Milton’s trip from Caracaraí, Roraima, Brasil to 2 cities Porto Alegre and Bukavu was created by TripAdvisor. See another Brasil slideshow. Create your own stunning free slideshow from your travel photos.

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